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Efeito da falta de responsabilidade fiscal: BB suspende consignado
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Efeito da falta de responsabilidade fiscal: BB suspende consignado

Enquanto Selic mira 16% ao ano, pacote fiscal desidrata no Congresso Nacional e crédito fica mais caro, deixando impacto direto na economia real
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TRANSCRIÇÃO GERADA POR IA

Acorda, Sucupira!

Bom dia, pessoal!

Sejam todos bem-vindos, sejam todas bem-vindas. Este é o nosso Acorda Sucupira e eu sou Rodrigo Oliveira nesta sexta-feira 13. É, pra quem acredita, né? Melhor ficar protegido aí.

Ontem... Bom, vamos pro nosso assunto aqui, né, brasileiros e brasileiras. Olha só, ontem as coisas degringolaram um pouco ali perto do meio-dia.

Por que exatamente? Estava tudo indo de acordo com o planejado pelo Banco Central. O dólar estava caindo, os juros futuros caindo, a Bolsa estava indo mais ou menos. Mas eis que, de repente, começou a circular que havia uma dificuldade no Congresso Nacional de conseguir segurar aquele pacote de corte de gastos que já é muito ruim.

Segurar ele muito ruim, né? Porque ele vai rapidamente virar pior que muito ruim, né? Vai ficar muito péssimo, se é que existe isso. Então, parece que tem lá representantes do judiciário na Câmara circulando pra mudar as regras de contenção ali dos supersalários, né?

Como eu sempre disse, nessa briga, sempre a gente tá pensando em nós mesmos, não tem esse espírito de coletivo. Então, quando você vai juntar a maioria, a maioria é a soma dos egoísmos.

E aí aqueles que estão mais alinhados nos seus próprios egoísmos conseguem se mobilizar e fazer o que precisa para manter os seus, eu não gosto de falar privilégios, mas as suas características particulares, digamos assim.

Então, ali tem uma conversa sobre o BPC, que também não está andando muito bem. O Congresso deve mudar ali as regras que o governo apresentou do BPC. E também tem essa pressão para os supersalários não serem tão contidos quanto o governo gostaria.

Também, de novo, não é tanto dinheiro, mas isso mostra a desarticulação política, a falta de contato com a realidade da equipe econômica e tudo isso vai acrescentando a esse momento ruim em que a irresponsabilidade fiscal começa a ter efeitos na vida real.

Então, tem uma preocupação, além disso, com o tempo para aprovar todas essas medidas. Você tem até sexta-feira que vem, em tese, pra você aprovar tudo isso. Depois o Randolfo Rodrigues, o senador Randolfo Rodrigues disse que não, se precisar a gente vai fazer hora extra no Natal, né?

Imagine o esforço, né? De quem tem duas férias por ano ter que trabalhar no Natal, né? O que será desse pessoal, né? Deve ter uma campanha aí contra essa escala terrível de trabalhar dez meses no ano.

Mas assim, eu já defendi isso em outros momentos, deputados e senadores trabalham muito, e durante esses recessos, normalmente, a experiência que eu tive, pelo menos na Câmara dos Deputados, me mostrava que normalmente a maioria deles, quase a totalidade, está trabalhando durante os recessos nos escritórios locais.

Bom, se para o bem ou para o mal, a discussão é outra, né? De qualquer forma, é isso. Isso acabou azedando um pouco, azedando muito o mercado financeiro ontem, que notou que, na verdade, enquanto o governo não tomar conta da situação, o problema fica só no colo do Banco Central, que chamou para si a responsabilidade na decisão do Copom, com “olha, a gente vai aumentar um ponto percentual aqui e já vamos deixar contratado aqui mais dois aumentos de mesma magnitude nas próximas reuniões.”

Então em março a gente teria uma Selic a 14,25% e isso meio que já virou um piso. Então já se começa a falar se não seria melhor em janeiro aumentar 1,25.

Isso tudo sem contar que, com o Banco Central de maioria indicada pelo Lula, você ainda tem um prêmio por credibilidade.

Então fica muito difícil do Galípolo e os diretores que estarão lá no Banco Central segurarem essa alta.

A expectativa que você tem é que, a partir de janeiro, o mercado vai testar o Banco Central com tudo. E aí, com esse teste, você pode acabar tendo que fazer movimentos mais bruscos ou mais amplos do que o esperado agora.

Então, os próximos meses serão cruciais para definir como o mercado vai encarar essa transição no Banco Central.

Ontem também, na Câmara, houve avanços em alguns pontos do pacote fiscal. Mas, como eu já disse antes, o tempo está muito apertado, e a estratégia Safadão, de deixar tudo para a última hora, parece estar se consolidando mais uma vez.

Os líderes tentam encaixar as votações, mas ainda há resistência em temas específicos, como o BPC e os supersalários. Além disso, a reforma tributária continua gerando polêmica no Senado, com setores empresariais pressionando por mudanças no texto.

Enquanto isso, no mercado financeiro, o dólar fechou próximo de R$ 6,08, e os juros futuros longos subiram, refletindo a percepção de risco fiscal. A Bolsa terminou o dia em queda, puxada por setores mais sensíveis aos juros altos.

Hoje, a agenda é mais leve, mas o mercado continuará monitorando as movimentações no Congresso e os desdobramentos da política fiscal.

Pra fechar, quero lembrar que estamos na reta final do ano, e a equipe do Esquina Sucupira está preparando um material especial com análises do ano de 2024 e perspectivas para 2025. Fiquem atentos às atualizações no Substack.

Bons negócios a todos e um excelente fim de semana. Nos vemos na segunda-feira, se tudo der certo.

Avante, sucupira!

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Bem-vindos ao "Acorda Sucupira", o podcast matinal que traz um panorama dinâmico e acessível do que realmente está acontecendo no cenário político e econômico do Brasil e do mundo. Pensado especialmente para os investidores que buscam entender as nuances por trás das declarações e dos números, nosso programa vai além das manchetes e das cifras.